Com o tema "Seu Nome Vale Ouro", o mutirão que aconteceu na última sexta-feira (29), foi um sucesso, com mais de 400 pessoas atendidas. Quem quis negociar dívida de cartão de crédito, cheque especial, empréstimos ou financiamentos, participaram do 4º mutirão do Procon. As instituições financeiras DaCasa Financeira, Bradesco, Mercantil do Brasil, BMG, Banco do Brasil, Itaú, Santander, Caixa e Crefisa participaram do evento.
Segundo o secretário municipal de Direitos Humanos e Cidadania, Marcelo Lino, o mutirão é uma grande oportunidade que os contagenses têm, pois há condições especiais. "É um momento importante, onde o Procon, por meio da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania, possibilita a uma parcela da população do município a reativar o seu crédito e ter sua capacidade de crédito restabelecida, através da renegociação das dívidas. Assim, criamos um ciclo virtuoso na cidade, onde as pessoas que têm o seu crédito restabelecido podem voltar a consumir e a comprar", disse.
Ainda de acordo com Lino, sobretudo, o trabalho importante que o Procon faz é o da orientação do consumo consciente, pois, todos os usuários que passam pelo órgão ao longo do ano são orientados a consumir com consciência e a pensar no que realmente precisam e no que podem comprar. "Não é só a questão de limpar o nome da pessoa, mas também da pessoa saber preservar a sua condição de crédito e usar apenas quando necessário", destacou o secretário.
A superintendente do Procon Rariúcha Amarante disse que foi muito gratificante para todos que trabalham no órgão ver os consumidores saindo do Procon satisfeitos e com o objetivo alcançado. “Fechamos o mês do consumidor com chave de ouro. Não só renegociamos as dívidas, mas também conscientizamos o consumidor a ter um planejamento financeiro, orientando-os a planejar em fazer compras, a poupar e não entrar, novamente, no vermelho em 2019”, disse.
O gerente geral do Branco do Brasil, Luiz Alberto, afirmou que o banco tem sido parceiro do Procon há um tempo. “Esse é o segundo momento que estou vindo no mutirão e tem dado certo. Tem pessoas com boa fé que realmente querem tentar solucionar, então tentamos achar uma solução para enquadrar no caso da pessoa para resolver o problema. Quando tem boa vontade das partes, é ainda mais fácil”, destacou.
Nayara Colli, correspondente do BMG, disse que o evento foi bastante proveitoso para o banco. "Apenas um caso não foi resolvido por falta de interesse da pessoa, mas o restante conseguimos solucionar as demandas dos clientes. Esse evento é bom para o consumidor, e também facilita para o banco. É importante ter esses mutirões sim", argumentou.
Com o aperto no bolso, o consumidor Cleyton Allan Ferreira ficou sabendo do Mutirão de Dívidas realizado pelo Procon e foi até o órgão para negociar um empréstimo que realizou no ano de 2016 pela Financeira Crefisa. "Sai satisfeito do mutirão. A representante da Crefisa, Daniela, me ofereceu uma proposta inacreditável. Eu tinha uma dívida de 25 mil e tive um desconto de mais de 80% para poder pagar parcelada", disse o consumidor.
Luciana Gomes, 43 anos, falou que ficou sabendo do mutirão pelo noticiário e já foi para o Procon para solucionar, mas infelizmente não conseguiu. “Tentei sanar o problema outras vezes no banco e hoje vim até o Procon. Não consegui resolver o problema, mas o gerente me orientou”.
Maria Diniz, 77 anos, disse que quando soube do evento no Procon, não pensou duas vezes em ir até o órgão. "Nunca havia entrado no Procon para reclamar nada, é a primeira vez. Sempre tive meu nome limpo. Apesar de não ter resolvido o problema, da dívida em meu nome, que não foi feita por mim, fui orientada onde procurar ajuda", disse.
Segundo dados divulgados em fevereiro deste ano da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Tursmo (CNC), o percentual de famílias brasileiras com algum tipo de dívida subiu de 59,8% em dezembro de 2018 para 60,1% em janeiro de 2019. O cartão de crédito foi mencionado como a principal fonte de dívidas dos brasileiros (78,4%), seguido por carnês (14,0%) e financiamento de carro (9,7%).